domingo, 28 de junho de 2009

O primeiro webmail brasileiro

Quando a internet começou a se popularizar no Brasil, ela era basicamente uma ferramenta para obtenção de informações, ou seja, você entrava nas páginas e lia o que estava escrito de forma passiva. O conceito de usar a internet como uma plataforma de obtenção e prestação de serviços, além de relacionamento social, surgiu posteriormente.

Por volta de 1998, eu tomei contato com um serviço de webmail grátis e em português. É isso mesmo: de graça.

Aquilo era uma coisa sensacional, bastava você se cadastrar no site e passava a ter um endereço de email que podia ser acessado de qualquer lugar do mundo via web e sem a necessidade de instalar nenhum programa no computador.

Era o Basemail. Foi um webmail de interface simples e que eu usei durante bastante tempo. Para se ter uma idéia de como a quantidade de usuários era pequena naquela época, o meu username tinha apenas 3 letras. Depois, com a concorrência dos grandes portais, o Basemail foi perdendo importância até que encerrou os seus serviços em 2001.

De qualquer forma, gostaria de registrar os meus agradecimentos aos criadores do Basemail pelos serviços prestados de forma pioneira no Brasil.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

3º mandato para Lula: Golpe contra a democracia

Para que um país seja considerado democrático, existem uma série de questões que precisam ser levadas em consideração. Não basta que o país realize eleições periodicamente, para que ele seja democrático. Para confirmar essa afirmação com um exemplo extremo, basta lembrar que Cuba realiza eleições regularmente desde que Fidel Castro assumiu o poder, só que todo mundo já sabe antecipadamente quem serão os eleitos. Eu acredito que ninguém, com um mínimo de sensatez, já tenha classificado o regime cubano como uma democracia.

Um país para ser realmente democrático precisa ter eleições abertas com a participação de toda a sociedade, todos os cidadãos aptos pela legislação tem que poder votar e ser votado, precisa ter liberdade de opinião e manitestação, precisa ter equilíbrio entre os poderes executivo, legislativo e judiciário e cada um deles tem que ser independente e, como a cereja do bolo, precisa ter revezamento entre os ocupantes dos cargos majoritários.

Não se pode considerar democrático um país onde o mesmo mandatário se reelege indefinidamente usando a máquina estatal que ele tem ao seu dispor.

Alguém pode alegar que em alguns países os primeiros ministros ficam no poder por décadas. Contudo, o parlamentarismo tem peculiaridades muito diferentes de um regime presidencialista. No parlamentarismo o primeiro ministro é indicado pela maioria do legislativo, ou seja, é como se fosse um representante do legislativo atuando no executivo, que por sua vez é o representante do povo. O revezamento no poder está garantido pela representação dos cidadãos no parlamento. Já o regime presidencialista, é extremamente personalista, onde o presidente tem uma força quase que absoluta já que sua escolha não passa pelo crivo do parlamento.

Portanto, os parlamentares que estão propondo a possibilidade de um 3º mandato para o presidente, estão tramando um golpe contra a frágil e incipiente democracia brasileira. Eles estão tentando fazer o Brasil se aproximar da Venezuela e da Bolívia, ao invés de mirar o bom exemplo que o Chile vem dando desde o fim da ditatura, seja no aspecto político, como também no econômico e institucional.

Eu gosto muito do Lula, mas, não vejo a menor necessidade de perpetuá-lo no "trono" da presidência. Eu considero que nós temos inúmeras pessoas preparadas e motivadas a assumir a presidência, seja no próprio PT ou em outros partidos.

Assim sendo, nos resta pressionar os deputados a não compactuarem com essa tentativa de golpe.

Veja no link abaixo a lista dos deputados que assinaram a emenda do terceiro mandato:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u576976.shtml