Aqui no Brasil está sendo desenvolvido o modelo MPT.BR - Melhoria de Processo de Teste de Software Brasileiro.
Duas entidades trabalham em conjunto no seu desenvolvimento:
- ALATS – Associação Latino Americana de Teste de Software
- RIOSOFT – Sociedade Núcleo de Apoio à Produção e a Exportação de Software
O conceito do modelo de maturidade no teste é o mesmo do modelo de maturidade no desenvolvimento de software. Ambos procuram determinar em que estágio de maturidade a organização se encontra naquele assunto e classifica os diversos estágios em diferentes graus de maturidade.
Segundo a ALATS, o MPT.BR foi criado com o objetivo de manter a compatibilidade com o MPS.BR e com o CMMI e permitir que empresas que implementaram um dos dois na sua área de desenvolvimento, possam, com um pequeno esforço adicional, aumentar o nível de maturidade da sua área de teste de software. Entende-se que a melhoria da área de desenvolvimento, por si só, é insuficiente para que os resultados melhorem substancialmente. Acredita-se que seja necessária uma melhoria de maturidade também da área de teste de software.
O MPT.BR é leve e passível de ser adotado por áreas de teste de software para apurar o seu nível de maturidade, sem com isso onerar os seus processos anteriormente implementados. O objetivo principal será garantir que áreas de teste de software de tamanho reduzido possam ser avaliadas e estimuladas a alcançarem níveis maiores de maturidade, sem que para isso tenham que incorrer em altos custos operacionais.
Os critérios usados pelas duas entidades na estruturação do modelo foram:
- Definir critérios que garantam a qualidade do processo de teste de software
- Não criar nada novo, logo a base é um modelo de melhoria do processo de desenvolvimento de software, no caso o MPS.BR (ou CMMI), já existente no mercado
- Poder ser usado por áreas de teste de software de empresas pequenas, médias e grandes
- Permitir a evolução das áreas de testes atingindo níveis mais altos de maturidade e, conseqüentemente, níveis mais altos de qualidade
Os níveis de maturidade definidos no modelo são:
- Nível 1 Gerência de Projetos de Teste - GPT
- Nível 2 Gerência de Requisitos de Teste - GRT
- Nível 3 Aquisição – AQU (opcional); Gerência de Configuração – GCO; Garantia da Qualidade - GQA; Medição - MED
- Nível 4 Gerência de Recursos Humanos - GRH; Gerência de Reutilização - GRU (opcional)
- Nível 5 Desenvolvimento de Requisitos - DRE; Integração do Produto - ITP; Validação - VAL (opcional); Verificação
- Nível 6 Análise de Decisão e Resolução - ADR; Desenvolvimento para Reutilização - DRU (opcional); Gerência de Riscos - GRI
- Nível 7 Análise de Causas e Resolução de Problemas
Abaixo, estão listados alguns outros modelos de maturidade de teste existentes no mercado:
- Testability Suport Model (TSM)
- Testing Maturity Model (TMM)
- Test Process Improvement (TPI)
- Test Organization Maturity (TOMtm)
- Testing Assessement Program (TAP)
- Testing Improvement Model (TIM)
- Outros (Ex.: MMT)
Porém, os diversos modelos existentes apresentam alguns problemas que acabaram por levar à definição do modelo MPT.BR:
- Não existe uma entidade no Brasil responsável pela manutenção dos modelos
- Foram elaborados por entidades privadas
- Não são fáceis e nem baratos de serem implementados
Comparação entre os níveis de maturidade do CMMI, MPS.BR e MPT.BR:
- MPT: Nível 1 - MPS: Sem correspondência - CMMI: Sem correspondência
- MPT: Nível 2 - MPS: Nível G - CMMI: Sem correspondência
- MPT: Nível 3 - MPS: Nível F - CMMI: Level 2
- MPT: Nível 4 - MPS: Nível E - CMMI: Sem correspondência
- MPT: Nível 5 - MPS: Nível D - CMMI: Sem correspondência
- MPT: Nível 6 - MPS: Nível C - CMMI: Level 3
- MPT: Nível 7 - MPS: Nível A - CMMI: Level 4, 5
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