quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Contrato CLT X PJ: Planilha com IRPF e INSS 2010

Anteriormente eu comparei o salário com carteira assinada (CLT) e o faturamento necessário como pessoa jurídica (PJ), para que houvesse equivalência entre os dois.

Disponibilizei, ainda, uma planilha para simulações, porém, com a mudança anual das tabelas de desconto do imposto de renda de pessoa física (IRPF) e do INSS, a planilha fica desatualizada. Assim sendo, eu estou disponibilizando uma nova versão da planilha, com as tabelas de desconto do imposto de renda retido na fonte e do INSS configuradas para 2010. A planilha atualizada pode ser encontrada em:

http://guiarapido.tripod.com/arq.html

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SLA e sua sopa de letras

Eu já falei anteriormente sobre SLA (Service Level Agreement ou Acordo de Nível de Serviço), inclusive, com um exemplo prático.

Porém, existem diversas siglas associadas ao SLA, formando uma verdadeira sopa de letras. Cada uma destas siglas representam conceitos associados ou complementares ao SLA. Assim, para enriquecer o entendimento sobre o assunto, eu vou listar os principais termos usados pelo mercado e conceituá-los.

SLA - inglês: Service Level Agreement - português: Acordo de Nível de Serviço

É um contrato entre um fornecedor de serviços e um cliente, especificando em termos mensuráveis, quais serviços o fornecedor vai prestar. O objetivo principal do SLA é garantir contratualmente, características de qualidade, eficiência e eficácia dos produtos e serviços disponibilizados para os clientes.

O SLA estabelece uma sintonia entre a empresa, o cliente e o fornecedor. Dessa forma, o cliente sabe o que esperar da empresa e a empresa somente irá acertar as entregas conforme o combinado com o cliente e o fornecedor. Alguns resultados viabilizados pelo SLA são a redução de custo, o incremento da satisfação dos usuários e a maior disponibilidade dos serviços de TI.

SLM - inglês: Service Level Management - português: Gerenciamento de Nível de Serviço 

É o processo responsável por monitorar e relatar o cumprimento ou não dos níveis de serviço acordados. É, por isso, uma disciplina extremamente estratégica para as organizações, pois permite também monitorar de forma precisa os serviços prestados, fundamentando iniciativas de melhoria contínua.

OLA - inglês: Operational Level Agreement - português: Acordo de Nível Operacional 

Um ponto muito relevante para estabelecer os SLAs com os clientes, são os OLAs, que são os acordos estabelecidos com os fornecedores internos de serviços e que irão dar o suporte necessário para o cumprimento dos acordos externos.

UC - inglês: Underpinning Contract - português: Contrato de Apoio 

Outro ponto importante para estabelecer os SLAs, são os UCs, estes são acordos estabelecidos com fornecedores externos. Isso porque, para fazer um contrato de nível de serviço com o cliente, é necessário que os responsáveis saibam, antes, os parâmetros que seus fornecedores vão oferecer.

Como diretriz para o gerenciamento de SLA, deve estar previsto que os contratos firmados com os prestadores de serviços devem ter SLA compatível com aquele firmado entre a Companhia e o cliente; da mesma forma, os SLAs devem ter suporte de acordos operacionais internos (OLAs) e externos (UCs) que permitam monitorar e atingir as metas definidas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O que é BPO?

"A contratação de uma empresa para prover serviços para tarefas específicas dentro da sua organização, garantindo o nível de serviço".

Isso é BPO (sigla para Business Process Outsourcing ou, em português, Terceirização de Processos do Negócio). Ele é adotado com o objetivo de diminuir custos em tarefas que não sejam claramente relacionadas ao negócio fim da empresa. Outras metas buscadas com a implantação desse modelo de gestão são o aumento da produtividade, da capacidade de inovação e como vantagem competitiva, tendo em vista que os maiores esforços e o foco da organização ficam direcionados aos seus processos chaves.

Tradicionalmente, o modelo BPO é utilizado por empresas de manufatura. Um exemplo clássico é a Coca-Cola, que terceiriza toda a cadeia de suprimentos e é hoje praticamente uma empresa focada em marketing. Porém, atualmente o BPO está cada vez mais sendo usado por empresas de serviços, notadamente do setor de Tecnologia da Informação.

O BPO é mais específico do que uma simples terceirização (ou outsourcing). É o fornecimento de soluções desenvolvidas após uma análise profunda dos processos da empresa que propõem uma remodelação atrelada a inovações e adoção de tecnologias para melhorar o desempenho e a qualidade.

As fornecedoras de BPO podem assumir todas as operações “meio” das companhias, ou seja, tudo aquilo que não faz parte dos seus negócios principais. São prestadoras de serviços cujas atividades vão desde a gestão informacional por meio de organização, BackOffice, guarda, digitalização e gerenciamento de documentos até a auditoria dos processos e contas, passando pela gestão da cadeia logística e de suprimentos em plataformas integradas de serviços, infra-estrutura e softwares.

Embora o conceito de terceirização ainda seja incipiente no Brasil (contratado só por 15% das empresas), trata-se de uma área que deve movimentar R$ 12 bilhões no País só em 2010, segundo o IDC (International Data Corporation).

No setor, o serviço que mais cresce é o BPO que, segundo o Instituto Gartner, evolui mais de 8% ao ano em função da difusão do conceito de serviços compartilhados. Essa taxa de crescimento deve ser estimulada pela manutenção de segmentos que já são grandes usuários como atendimento ao cliente e finanças, e pela entrada de novos setores como compras - cuja adoção deve crescer 27% e recursos humanos, cerca de 24%.

Os especialistas da IDC Brasil listam alguns passos a serem seguidos antes de adotar o modelo BPO:

  1. Mapear a organização; 
  2. Identificar os parceiros adequados; 
  3. Conquistar o comprometimento da empresa como um todo; 
  4. Definir os indicadores ideais de negócios (que permitam elaborar acordos de níveis de serviço - SLA's); 
  5. Definir bônus e penalidades, representando uma mudança na relação entre fornecedores e clientes. 

Os problemas mais comuns encontrados na adoção prática do BPO são:

  1. Não cumprimento dos níveis de serviço acordados; 
  2. Cláusulas contratuais que não são claras; 
  3. Alteração dos requisitos, gerando despesas imprevistas; 
  4. Dependência do BPO, reduzindo a flexibilidade da organização. 

Um desdobramento de BPO é o KPO (Knowledge Process Outsourcing ou, em português, Terceirização de Processos de Conhecimento), que inclui atividades que exigem maior habilidade e conhecimentos especializados para a execução. Por exemplo, enquanto uma companhia de seguros pode terceirizar a entrada dos dados de seus clientes como parte de uma iniciativa BPO, ela também pode optar por utilizar um prestador de serviços KPO para avalizar novos pedidos de seguro com base em um conjunto de critérios ou regras de negócio. Evidentemente, este trabalho requer os esforços de um conjunto de trabalhadores mais especializados.

Outra tendência que começa a ser difundida também é o termo BTO (Business Transformation Outsourcing ou, em português, Terceirização da Transformação do Negócio), que remete à idéia de criação de prestadores de serviços que contribuam para o esforço de transformar a empresa, torná-la mais dinâmica, ágil e com uma operação mais flexível.