sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu odeio o provedor Oi Internet

A maioria absoluta das empresas que prestam serviços para o grande público, tem um serviço de atendimento de péssima qualidade.

Não escapa quase nenhum tipo de empresa: telefonia fixa e celular, banco, cartão de crédito, TV a cabo, provedor de internet, etc.

Eu pessoalmente, já tive problemas com o atendimento em diversas delas: Oi, Net, Unibanco, Ibi, etc.

Menção honrosa pode ser feita à GVT. Eu venho trabalhando com eles há algum tempo e até agora não tive nenhum tipo de problema. Tudo o que eles prometeram, foi cumprido e dentro do prazo combinado.

Mas, voltando à banda podre, nesse tempo todo, eu nunca vi um serviço pior que o do provedor Oi Internet. O serviço deles é horroroso de ruim, fazem a maior bagunça com as cobranças, quando tentam arrumar acabam piorando as coisas, ninguém lá consegue resolver nada, eles não têm controle nenhum e, depois, quando eu fui cancelar o serviço, foi um verdadeiro parto para conseguir.

Vejam um resumo de como foi minha história com eles:

Eu tinha o Velox em casa e, por isso, era obrigado a contratar um provedor de internet. Isso por si só, já é um absurdo, pois, tecnicamente não há nenhuma necessidade de usar um provedor para que o Velox acesse a internet. Mas, como não tinha outro jeito, contratei o provedor Oi Internet porque era o mais barato.

Eu pagava o provedor com débito automático em conta corrente. Tudo vinha bem, até que em novembro de 2007, foi debitada a mensalidade do mês em dobro na minha conta (2 lançamentos do mesmo valor, no mesmo dia). Eu liguei para o provedor e eles pediram que eu mandasse o extrato da minha conta por email para comprovar que o débito estava duplicado. Eu achei um absurdo mandar o meu extrato de conta por email e disse que não aceitava essa solução.

Depois de muita “briga” por email e por telefone e de várias promessas não cumpridas, eles resolveram que iam me isentar da mensalidade do mês de dezembro para compensar a que foi debitada em dobro. Vejam que já haviam se passado 2 meses. Mas, foi feita a isenção e eu achei que estava tudo resolvido.

Em janeiro de 2008, foi feito mais um débito na minha conta corrente além daquele que já estava previsto para o mês. Quando eu liguei para a Oi, eles me falaram que houve um erro do sistema deles que havia deixado de cobrar a mensalidade de dezembro de algumas pessoas e que eles estavam fazendo o débito agora. Eu disse que não era erro, que eu havia feito um acordo para ter isenção em dezembro em função da duplicidade que havia ocorrido em setembro.

Novamente, vários emails, telefonemas e promessas não cumpridas. Quando foi em março, eles falaram que iam me isentar da mensalidade do mês, ou seja, se passaram mais 3 meses, mas, a isenção foi feita.

Quando foi no mês de abril, adivinhe! Novamente foi debitado um valor “extra” na minha conta corrente. O pior é que o valor debitado era diferente do valor da mensalidade normal. Novamente entrei em contato e novamente eles deduziram o valor na fatura, dessa vez, da que venceria em maio.

Ufa! Depois de 7 meses eu consegui ficar no zero a zero com a Oi Internet.

Em setembro de 2008, como eu tive uma oferta melhor da GVT, eu resolvi cancelar o Velox e conseqüentemente o famigerado provedor Oi Internet. Aí, começou outra novela:

Quando eu liguei para cancelar, a atendente me disse que, pelo sistema deles, eu não pagava o provedor desde março de 2008 e, para cancelar, eu teria que enviar os comprovantes de pagamento deste período. Eu usei todos os argumentos imagináveis: que eu pagava com débito em conta e se eles não tinham esse controle o problema não era meu; se eu não pagava desde março, porque eles não estavam me cobrando ou cancelavam o serviço; e que o fato de eu estar inadimplente não me impedia de cancelar o serviço. Mas atendente, com o script bem decorado, só sabia dizer: “O senhor não está entendeeeendo, o sistema está dizendo que o senhor não pagou e assim eu não posso cancelar”. Eu só não falei o que ela deveria fazer com o sistema, porque eu ainda tentei manter o mínimo de educação com a pobre coitada que é tão vítima de empresa quanto eu.

Fui ao PROCON, e eles me orientaram a tentar fazer o cancelamento novamente e pegar um número de protocolo de atendimento. Eu liguei novamente e dessa vez a atendente me disse que eu estava devendo apenas a mensalidade de outubro, que ainda nem havia vencido, mas, já tinha sido emitida a fatura. Como eu estava sem paciência nenhuma para ficar correndo atrás disso, eu resolvi deixar debitar a mensalidade de outubro e tentar cancelar novamente.

Passadas mais de 72 horas do débito da mensalidade de outubro, eu solicitei novamente o cancelamento. A atendente alegou que o pagamento em questão ainda estava pendente no sistema deles e não poderia fazer o cancelamento.

Voltei ao PROCON e eles entraram em contato com a Oi e solicitaram o cancelamento. A Oi ficou de estudar o caso e dar um retorno em 3 dias.

A Oi Internet, pela primeira vez, ligou dentro do prazo combinado e disse que existia uma multa pelo cancelamento devido eu ter uma fidelidade. Para ficar livre, eu concordei em pagar. A Oi disse que ia ligar novamente dentro de 4 dias para confirmar o cancelamento. Não ligou.

Fui novamente ao PROCON, que entrou em contato outra vez com a Oi. A Oi alegou que não fez o cancelamento, porque, estava aguardando eu informar como iria pagar a multa. Sendo que, em momento algum, me foi dito que eu teria de informar esta opção e nem me foi dado algum contato para que eu pudesse retornar a ligação que a Oi me fez. Mas, eles disseram que iriam fazer o cancelamento e me ligariam para confirmar.

A Oi internet me ligou no final de outubro e propôs a seguinte solução:

Cancelamento imediato da Oi internet;

Que eu pague normalmente a mensalidade que está vencendo em novembro, pois, a fatura já foi emitida e eles não conseguem cancelar;

Que este valor será devolvido por crédito em conta em até 30 dias;

Que eu pague a multa com débito na mesma conta corrente.

Essa solução é toda contrária a mim. Vejam que eu pedi o cancelamento em setembro e irei pagar os meses de outubro e novembro, para depois, se tudo der certo, eles me devolverem o de novembro, mas, para ficar livre, eu concordei com as condições.

Vamos ver se agora eu realmente consegui me livrar dessa erva daninha chamada Oi Internet que se incrustou em mim.

O que me deixa mais irritado na Oi Internet, é que você faz um acordo com eles, acha que o problema está resolvido e eles simplesmente não cumprem o que foi acordado. Depois, quando você liga para cobrar, eles não sabem de nada.

Concluindo, eu recomendo: Fujam do provedor Oi Internet, assim como o diabo foge da cruz.

Vejam também como a Oi vem espalhando seu péssimo serviço em todas as áreas relacionadas às comunicações.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Usando o Google como calculadora

Todo mundo usa o Google para fazer pesquisas na internet, mas, ele possui algumas funcionalidades que são pouco conhecidas. Uma das mais interessantes, é a sua calculadora.

É muito simples, basta digitar a expressão algébrica na caixa de pesquisa e teclar ENTER ou clicar no botão "Pesquisar". Por exemplo:

  • Digite: 17 + 22
  • O Google mostra: 17 + 22 = 39
Pode ser por extenso também:

  • Digite: three plus four
  • O Google mostra: three plus four = seven
  • Digite: três mais quatro
  • O Google mostra: três mais quatro = sete
Todas as operações algébricas são suportadas, podem ser usados parênteses e números decimais. Veja mais alguns exemplos:

  • 3.4 - 5.6 = -2.2
  • 7 / 8 = 0.875
  • ten divided by two = five
  • 3 vezes sete = 21
  • (4,5 * (3 + 7,1)) / (6,1 - 9) = -15,6724138
Além disso existem diversas funções matemáticas disponíveis:

  • Percentagem: 45 % de 39 = 17,55
  • Módulo: 15 mod 9 = 6
  • Potência: 3^5 = 243
  • Raízes: sqrt(16) = 4
  • Trigonometria: cos(3) + sin(4,1) - arctan(2) = -2,91541833
  • Logarítimos: ln(3) + log(5) = 1.79758229
  • Fatorial: 6 ! = 720
Podem ser usadas constantes:

  • cos(e) = -0.911733915
  • pi / 4 = 0,785398163
  • i^2 = -1
  • e^gamma = 1,78107242
E podem ser feitas várias conversões de unidades:

  • 98.6 f in c = 37 degrees Celsius
  • 500 V * 3 A in KW = 1.5 kilowatts
  • 23 reais em USD = 10,594191 dólares dos Estados Unidos
  • 130 lbs in kg = 58.9670081 kilograms
  • 3 miles in km = 4.828032 kilometers
  • 3 bytes em bits = 24 bits
  • 1500 em hexa = 0x5DC
  • 65 in binary = 0b1000001
Mais detalhes da calculadora do Google podem ser obtidos em:

http://www.googleguide.com/help/calculator.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Forma de contratação: CLT X PJ

Hoje na área de TI, recheada de terceirizações, várias ofertas de trabalho têm sido feitas para que os profissionais montem suas próprias empresas e prestem serviços como Pessoa Jurídica, popularmente conhecido como PJ. É dessa situação que surgiu a máxima: "Hoje existe trabalho e não emprego".

Para uma pessoa que trabalha normalmente com carteira assinada, no regime de CLT, se surge uma oportunidade de trocar de emprego com uma oferta para trabalhar como PJ, fica a dúvida de saber quanto pedir para compensar as diferenças existentes entre os dois regimes. Para isso, eu montei um roteiro que pode ajudar a quem interessa fazer a comparação.

Imagine que uma pessoa ganhe R$ 3000,00 por mês com carteira assinada. Quanto ela teria que ganhar como PJ para ter uma renda equivalente?

Vamos fazer uma simulação passo a passo:

Salário mensal no regime de CLT: R$ 3000,00

Vamos transformar o salário em anual para facilitar as contas, multiplicando por 13, já que, a CLT paga 13 salários por ano: R$ 3000,00 x 13 = R$ 39000,00

Durante as férias, é pago o adicional de 1/3 de um salário: R$ 3000,00 / 3 = R$ 1000,00

Todo mês a empresa deposita 8% do salário na conta do FGTS: R$ 39000,00 x 8% = R$ 3120,00

Se o empregado é mandado embora, a empresa é obrigada a lhe pagar 40% de multa sobre o saldo do FGTS, ou seja, é uma espécie de seguro que deve ser levado em consideração: R$ 3120,00 x 40% = R$ 1248,00

Normalmente, as empresas fornecem vale refeição para os funcionários e os valores variam para cada caso, mas vamos estimar que a parte do vale, sem custo para o empregado, seja de R$ 8,00 x 22 dias por mês x 11 meses por ano = R$ 1936,00

O mesmo acontece com plano de saúde, vamos estimar: R$ 150,00 x 12 meses = R$ 1800,00

Se houver previdência privada, ajuda educacional, vale transporte, ou outra despesa paga pela empresa, é preciso acrescentar, mas, eu não vou considerar nada, pois, são vantagens menos comuns.

É preciso descontar o imposto de renda de pessoa física pago. Hoje, o valor do imposto para este valor de salário é: (R$ 2529,54)

Algumas pessoas levam em conta também o desconto do INSS, mas, como eu considero que como PJ a pessoa deveria pagar o INSS também, então, um desconto compensa o outro. Assim sendo, eu não vou considerar INSS na conta.

Somando as parcelas anuais, o salário total é: R$ 39000,00 + R$ 1000,00 + R$ 3120,00 + R$ 1248,00 + R$ 1936,00 + R$ 1800,00 - R$ 2529,54= R$ 45574,46.

Para achar o valor mensal, vamos dividir o valor por 11. Isso é importante, pois, na CLT, apesar do profissional receber para trabalhar 12 meses, ele trabalha só 11, devido às férias. Como PJ, se ele quiser folgar 1 mês vai ficar sem receber: R$ 45574,46 / 11 = R$ 4143,13.

Este seria o valor total recebido pelo empregado CLT, mas, se ele for trabalhar como PJ, terá despesas na sua empresa que precisam ser acrescentadas:

  • ISS: as alíquotas variam de acordo com a cidade, mas, vamos estimar em 2%.
  • COFINS: 3%.
  • Imposto de Renda de Pessoa Jurídica: 2,4%.
  • PIS: 0,65%.
  • Contribuição social sobre o lucro líquido: 2,88%.

Somando todos estes percentuais e aplicando ao valor obtido como CLT, temos: R$ 4143,13 / [1 - (2% + 3% + 2,4% + 0,65% + 2,88%)] = R$ 4651,55.

Além disso, precisamos contratar um contador, estimando um valor de R$ 210,00.

Assim o valor total a ser faturado como PJ será de: R$ 4861,55.

Como os contratos costumam ser feitos em horas, se considerarmos 170 horas por mês, o valor da hora será: R$ 28,60.

O fator de multiplicação do salário de pessoa física para o de PJ é de: 1,62.

É importante ressaltar, que apesar do PJ receber mais dinheiro "na mão", ele não tem nenhuma das garantias do profissional CLT, portanto, é recomendável que uma boa parte do que ele recebe, em torno de 20%, vá para uma reserva para cobrir as férias, 13º, períodos sem serviço ou algum tempo de doença que o impeça de trabalhar.

Esta simulação vale para este exemplo em particular, para que vocês possam fazer mais simulações, cobrindo outras situações, eu preparei uma planilha que pode ser baixada em:

http://geocities.com/guia_rapido/clt_x_pj.xls

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Certificação em Gerência de Projetos do IPMA

O instituto que trata a gerência de projetos mais conhecido internacionalmente é o PMI (Project Management Institute), que publica o conhecido guia de práticas PMBOK.

Um profissional, para ser reconhecido no mercado como uma pessoa que domina a gerência de projetos, tem a opção de se certificar junto ao PMI, candidatando-se à certificação PMP (Project Management Professional). Quem obtém tal certificação, demonstra que conhece a fundo as práticas descritas no PMBOK.

Contudo, o PMI não é o único instituto internacional de gerência de projetos e nem a PMP é a única certificação disponível. Outro instituto que tem um reconhecimento internacional e muitas empresas adotam as suas práticas de gerenciamento de projetos é o:

IPMA – International Project Management Association

O IPMA foi fundado em 1965, com sede na Suíça, segue uma linha similar ao PMI, porém, com enfoque voltado a atividades e não disciplinas. Ele provém uma linha de base padronizada com foco em conhecimento, experiência e atitudes pessoais. O seu framework é mais utilizado na Europa, enquanto o PMI é mais forte nas américas. Ele é representado no Brasil pela ABGP (Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos).

O IPMA também oferece uma certificação para profissionais de gerenciamento de projetos. Diferentemente do PMI, a certificação do IPMA é divididas em níveis, de forma que o profissional pode ir "escalando" o seu reconhecimento no mercado gradativamente. Os níveis de certificação são:

Nível D: Associado em Gerenciamento de Projetos Certificado (Cerfied Project Management Associate)
Deve ter conhecimentos de Gerenciamento de projetos, os quais poderão ser aplicados em alguns campos da sua especialidade não é exigida experiência profissional.

Nível C: Gerente de Projetos Certificado (Certified Project Manager)
É capaz de gerenciar, com razoável independência, projetos não complexos, coordenar as tarefas técnicas de equipes de projeto e apoiar o gerente de um projeto complexo em todas as áreas de aplicação do gerenciamento de projetos.

Nível B: Gerente de Projetos Sênior Certificado (Certified Senior Project Manager)
Deve ter a capacidade de gerenciar projetos complexos com total independência.

Nível A: Diretor de Projetos Certificado (Certified Projects Director)
Deve ter a capacidade de dirigir todos os projetos constituintes de um programa ou todos os projetos de uma empresa ou linha de negócio ou ainda um projeto complexo com participantes de diferentes culturas e geografias

Para os níveis mais altos de certificação, o IPMA usa, além de provas de conhecimento, outros critérios de avaliação, como entrevista e comprovação de experiência.

A desvantagem mais evidente da certificação IPMA, é que no Brasil ela não é tão reconhecida pelo mercado quanto a do PMI. Mas, pode ser uma alternativa mais barata e gradual de se certificar, ou então, uma opção para completar os conhecimentos em gerência de projetos com outro framework.

sábado, 11 de outubro de 2008

Homenagem a Cartola

Se estivesse vivo, Cartola estaria fazendo 100 anos. Por isso, presto uma homenagem ao poeta sensacional, que a partir da sua simplicidade produziu, na minha modesta opinião, os quatro versos musicais mais bonitos da lingua portuguesa:

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti


Obrigado, Cartola.


BlogBlogs.Com.Br

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Concurso Serpro 2008

Saiu o edital para o concurso do Serpro em 2008.

As inscrições vão de 20/out a 11/nov/2008. Existem vagas para todo o Brasil nas mais diversas especialidades.

O salário inicial de analista é muito bom, principalmente, tendo em vista os benefícios e a estabilidade que o Serpro oferece.

No edital, o salário publicado é de R$ 3.891,15, porém, nele ainda não está incluído o acordo coletivo de 2008, que está para ser fechado com um reajuste de 6,5%. Portanto, o salário inicial vai ser, na verdade, R$ 4.144,07.

Além disso, depois de 3 meses de trabalho o Serpro oferece uma parcela adicional no salário que varia de acordo com o desempenho da área e da própria pessoa. Praticamente todo mundo ganha esta parcela e ela pode chegar facilmente a 30% do salário, sendo que em alguns casos pode chegar até a 60%. Supondo que a parcela fique na casa dos 30%, o salário base pode ser acrescido de mais uns R$ 1200,00 depois de 3 meses. Assim sendo, a pessoa que passar no concurso, rapidamente vai estar ganhando em torno de R$ 5.300,00.

Nada mau para quem está em início de carreira e para muita gente que já avançou mais em experiência e nem tanto em salário. Eu, por exemplo, que exerço cargo de gerência e tenho quase 20 anos de carreira, ganho em apenas 35% a mais que um analista do Serpro com 3 meses de casa.

Portanto, quem estiver interessado, é hora de meter a cara nos livros.

Mais informações, no site da CESPE: http://www.cespe.unb.br/concursos/serpro2008/

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O primeiro micro a gente não esquece: TK90X

Olhando para um passado relativamente recente, nós percebemos como a tecnologia evoluiu rapidamente. Os primeiros computadores pessoais com que eu tive contato, foram o TK82 da Microdigital e outro, o qual não lembro o fabricante, da linha TRS-80. Os dois eu usei no colégio, por volta de 1983. Foi uma verdadeira febre entre os alunos do curso técnico e uma disputa ferrenha para programá-los usando a linguagem BASIC, já que eram apenas dois computadores para a escola inteira.

Mas, o primeiro computador que eu comprei foi um TK90X também da Microdigital, isso já em 1986. Ele era uma versão brasileira da linha Sinclair, com processador Z80. Eu juntei dinheiro por quase um ano, contei com um complemento financeiro do meu pai e adquiri um dos mais modernos computadores pessoais. Infelizmente, com a inflação deste período não dá nem para ter idéia de quanto ele custaria hoje.

Os seus recursos eram muito bons: memória ROM de 16 Kbytes (onde ficavam o sistema operacional e a linguagem de programação BASIC de forma permanente); memória RAM de 16 ou 48 Kbytes (o meu era de 48, ou seja, mais "poderoso"); a saída de vídeo (colorido) era conectada diretamente na antena externa de qualquer aparelho de televisão; para armazenar dados e programas era usado um gravador cassete, onde tudo tinha de ser lido de forma seqüencial a partir de uma fita; as teclas eram de borracha.

Hoje qualquer celular, calculadora ou Palm é muitas vezes mais poderoso que este computador.

Para ver o manual dele acesse aqui.

Se quiser mergulhar nos computadores da Microdigital, existe o Clube do TK90X.

Para ver outras relíquias, visite o Museu da Computação e Informática - MCI.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Modelos de maturidade em gestão de projetos - OPM3

Os profissionais da área de TI já estão habituados há algum tempo a lidar com modelos de maturidade no desenvolvimento de software, onde os mais conhecidos no Brasil são o CMMI e o MPS.BR. Estes modelos procuram determinar quanto uma organização está madura no processo de desenvolvimento de softwares. Quanto maior o nível de maturidade da organização, melhor é a qualidade do produto final.

Porém, começa a ficar mais comum no mercado se falar em “modelo de maturidade em gestão de projetos”. O princípio é o mesmo dos modelos de software: eles procuram medir a maturidade da organização no gerenciamento de seus projetos, portfólios e programas. Quanto maior o nível de maturidade, melhor a qualidade dos projetos tratados pela organização.

Os modelos de maturidade de gestão projetos mais comuns no mercado são:

· ESI – International’s Project Framework

· PMMM – Project Management Maturity Model

Criado por Harold Kerzner em 2001 e descrito no livro “Strategic Planning for Project Management using a Project Management Maturity Model”. John Wiley & Sons. Composto de cinco níveis de maturidade, a exemplo do CMMI.

· Prado-MMGP (Modelo de Maturidade em Gerenciamento de Projetos) – veja detalhes no blog PontoGP.

Está descrito no livro “Maturidade em Gerenciamento de Projetos”, Darci Prado. Não chega a ser um modelo muito popular, mas, é um exemplo de um modelo desenvolvido no Brasil.

Porém, neste post, eu vou me concentrar no modelo OPM3 do PMI. Depois eu entro em mais detalhes sobre os modelos acima.

· OPM3 – Organizational Project Management Maturiry Model

É um modelo desenvolvido pelo PMI (Project Management Institute), que é responsável também pelo PMBOK, o guia de referência em gerenciamento de projetos mais conhecido no mundo. Por isso, o OPM3 é 100% compatível com o PMBOK. Ele foi desenvolvido de forma virtual em 35 países, com o apoio de mais de 800 voluntários com experiência em gerenciamento de projetos na identificação das melhores práticas.

Ele é estruturado a partir de um conjunto de Melhores Práticas (Best Practices), que são formadas a partir de um agrupamento de Capacidades (Capabilities):

Melhores Práticas (Best Practices)

Uma Melhor Prática é um caminho ótimo atualmente reconhecido pela indústria para se alcançar um objetivo. Para o gerenciamento de projetos organizacional, isto inclui a habilidade para entregar projetos consistentemente e com sucesso para implementar estratégias organizacionais. Existem aproximadamente 702 Melhores Práticas documentadas.

Elas são categorizadas de acordo com os domínios de Gerenciamento Organizacional de Projetos: Projeto, Programa e Portfólio. E também pelos níveis de maturidade de melhoria de processos: Padronizar, Medir, Controlar, Continuar melhorando:

Capacidades (Capabilities)

Um conjunto de Capacidades é que dão a possibilidade de alcance de uma Melhor Prática. São passos incrementais rumo a níveis superiores de maturidade. A existência de uma capacidade é demonstrada pela existência de seus Resultados (Outcomes) correspondentes.

As Capacidades são categorizadas por grupos de processos: Iniciar, Planejar, Executar, Controlar e Concluir.

Resultados (Outcomes)

É o resultado tangível ou intangível da aplicação ou demonstração de uma capacidade.

KPI (Key Performance Indicators)

Representa a medição de um Outcome através de uma métrica.

A estrutura geral do modelo é:

O modelo contempla um “Diretório de Melhores Práticas”, onde elas são documentadas e um “Diretório de Capacidades” associadas a uma dada Melhor Prática.

O modelo é baseado em um ciclo constituído de: Conhecimento, Avaliação e Aperfeiçoamento. Portanto, para se fazer a avaliação da maturidade da organização, é preciso seguir os passos abaixo:

  1. Estudar o modelo

Ler e obter o conhecimento básico do OPM3, seus componentes e operação.

  1. Realizar a Avaliação

Determinar o ambiente geral no “continuum” da maturidade organizacional de gerenciamento de projetos.

  1. Determinar o foco de melhoria

Identificar as áreas de Melhores Práticas mais carentes de melhoria.

  1. Determinar o caminho de melhoria

Identificar as Capacidades necessárias para executar as melhorias com base nas Melhores Práticas.

  1. Avaliar as Capacidades atuais

Determinar quais Capacidades identificadas no passo anterior já existem na organização e quais devem ser desenvolvidas.

  1. Plano para Melhorias

Criar plano para o desenvolvimento de Capacidades necessárias para executar as Melhores Práticas, priorizando conforme identificado anteriormente. Alinhar as necessidades da organização e recursos disponíveis. Aplicar processos descritos no guia PMBOK

  1. Implementar Melhorias

Pôr em prática o plano de melhorias. Reajustar o plano de acordo com o clima da organização.

  1. Repetir o processo

Reavaliar a organização para confirmar ou não o progresso. Continuar trabalhando em Melhores Práticas identificadas anteriormente.

O PMI oferece duas ferramentas para realizar a avaliação da organização: “OPM3 Self Assessment” permite uma avaliação mais superficial da organização e “OPM3 ProductSuite” onde a avaliação é conduzida por um consultor certificado. Ambas são cobradas.

A avaliação é feita a partir de um questionário com 151 questões, veja o início do questionário:

O resultado é dado de forma a mostrar o nível de maturidade da organização em relação às várias categorias analisadas e às Melhores Práticas que devem ser melhoradas:

sábado, 4 de outubro de 2008

Bem Vindos

Trabalhar com Tecnologia da Informação (a famosa TI) é uma das atividades mais estimulantes, complexas e estressantes do mercado de trabalho.

O profissional de TI veio mudando de perfil nos últimos anos. Saiu daquele profissional hermético que ficava fechado em uma sala e ninguém entendia muito bem o que ele fazia (e o profissional achava isso o máximo), para um profissional que tem de ser dinâmico, com perfil de liderança, conhecer o negócio do cliente, estar atualizado com as últimas tecnologias, conhecer e aplicar as melhores metodologias.

O nível de estresse, insegurança e ansiedade do profissional de TI aumentou na mesma proporção

Aliado a isso, a dinâmica do mercado de trabalho foi ficando cada vez mais rápida. Acabaram aqueles empregos com altos salários onde a pessoa ficava até aposentar e surgiram as terceirizações, contratações como pessoa jurídica (PJ), CLT flex (que em bom português, quer dizer que o profissional recebe parte do salário com carteira assinada e parte "por fora"), contratações por projeto com prazo definido, etc.

As jornadas de trabalho ficam cada vez maiores. Além das horas que o profissional passa na empresa, que muitas vezes chegam facilmente a 10 ou 12 horas por dia, a tecnologia de notebooks e smartphones permitem que a pessoa fique "plugada" ao trabalho 24 horas por dia.

O pior de tudo, é que nós, que somos as vítimas de tudo isso, ainda gostamos deste trabalho.

Eu, por exemplo, que sou também uma vítima desse sistema ainda me disponho a despender parte do meu tempo para discutir neste blog exatamente o assunto que já nos toma boa parte do dia. Realmente, é preciso muita paixão!

Então é isso, o objetivo deste blog é discutir o dia a dia dos profissionais que trabalham em TI, dar dicas interessantes, trocar experiências e também nos divertir um pouco, afinal, ninguém é de ferro. Ou seja, é um espaço para quem está "Vivenciando TI" ou vivendo de TI ou ainda vivendo em TI, talvez vivendo com TI, mas, principalmente vivendo...

Sejam bem vindos e toda contribuição será muito bem recebida.

Abraços,

Marc Fast Jobs.